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O QUE É A INVEJA?


O QUE É A INVEJA?

INTRODUÇÃO


            Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Não é necessariamente associada à um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra.
A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Entretanto, a inveja não é uma característica intrínseca do gênero humano ela é fruto do egoísmo, em uma sociedade concorrencial.
            Os indivíduos, em contraposição, disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem uma reação dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos, isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".
A inveja é um produto social e histórico, sentimento esse arraigado no capitalismo no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria a arma dos "incompetentes". Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.



INVEJA


            Inveja de acordo com o dicionário significa, Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem - Desejo violento de possuir o bem alheio - Objeto de inveja.
A inveja não nasce com o homem, o homem aprende a senti-la conforme as coisas são cobiçadas por ele ou, quando são tiradas dele, por isso vem do senso-comum “não abrir o jogo” sobre coisas que desejamos que dêem certo e venham a prosperar.
            O senso-comum nos ensina que más ações acabam em punição, talvez isso venha do nosso desenvolvimento desde pequenos quando aprendemos a lei da ação e reação, entretanto vivemos em um mundo que sabemos por certo que nem toda má ação é reprimida e que nem todos aqueles que fazem o uso da inveja em sua pior faceta serão punidos. É próprio do ser humano formar pensamentos falaciosos dentro de si, cria falsas afirmativas em que acredita e toma como guia para dirigir sua vida.


INVEJA E AMBIÇÃO


            Muitas vezes as pessoas não tem bem definido o que é a inveja, confundindo-a com o desejo de ser feliz tanto quanto o outro o é. Ou seja, ambicionamos conseguir as mesmas coisas de alguém e isto não é inveja, desde que por meios justos trabalhemos para tal, e além de tudo esse desejo é reconhecer em si próprio a capacidade da conquista.
            Ambição é o desejo por algo, a cobiça, mas diferentemente da inveja, não é o desejo por algo dos outros, mas pelas coisas em si.

          Como distinguir a inveja da ambição? Podemos ter objetivos para alcançar algo, no entanto, se não temos a ambição, ou seja, o anseio ardente que nos impulsionará para a realização concreta dos nossos planos, estes não passarão de ilusões.
A ambição é necessária na vida e não podemos nos envergonhar de dizer que a temos. Muitas vezes as pessoas receiam falar que a possuem, com medo de serem chamadas de egoístas ou algo que o valha, justamente pela incompreensão do seu significado.
Diferentemente dos ambiciosos temos os invejosos, que são, em grande parte, gananciosos e neste ponto é que reside toda a confusão, porque a ganância, normalmente nascida da inveja, também é uma ambição, porém, desmedida.


A INVEJA NO AMBIENTE DE TRABALHO


Uma das constantes razões dessa presença é a ênfase que a maioria das empresas costuma dar ao componente competitivo entre seus colaboradores, disseminando-o como algo "saudável". Aliás, esta é uma das muitas contradições desse universo capaz de fazer a alegria e o desespero de uma boa parcela de profissionais: de um lado, o discurso organizacional fala e cobra muito do seu pessoal a chamada integração ou espírito de equipe. Ao mesmo tempo, são praticadas políticas internas de premiação para "o melhor vendedor do mês", a "melhor equipe do ano em qualidade", o "setor campeão do semestre em redução de custos”. - como se essas vitórias pudessem ser obtidas individual ou setorialmente, sem a contribuição - direta ou indireta - de todos os demais profissionais e departamentos da empresa.
          A inveja nascida dessa premiação discriminatória pode manter-se num patamar inofensivo - em um nível de "inveja muda", caracterizada por ressentimentos, desmotivação e torcida íntima pelo fracasso do "herói" - ou pode chegar ao grau de boicote. Muitas empresas, analogamente, também criam suas "estrelas" ou "salvadores da pátria" - e isso obviamente nada agrega de positivo ao clima interno, justo agora que, mais do que nunca, fala-se tanto de gestão participativa, conjunto, cooperação e espírito de equipe...
          É evidente que em toda empresa que estimula a competição interna - por mais saudável que se pretenda que seja esse processo -, precisa considerar que sua pirâmide organizacional, que representa seus níveis hierárquicos, tem, como em todo triângulo, muito menos espaço no seu topo que na sua base - o que significa que nem todos aqueles que lutam para chegar no alto encontrarão espaço para si - privilégio reservado para uns poucos, ainda mais agora que predomina no mercado de trabalho a tendência de enxugamento e redução das estruturas e dos níveis de comando. Nessa disputa pelo chamado "reconhecimento profissional", alguns indivíduos se destacam - e sempre que um desses destaques é anunciado, corre-se o risco de plantar a semente da inveja naqueles que foram preteridos. É comum que os preteridos sintam-se "roubados" ou rejeitados pelos dirigentes que detêm o poder de decisão - tal como, na infância, o irmão caçula sente inveja dos "privilégios" do primogênito. A inveja nas organizações é, de certa forma, uma reminiscência dessa "perda", dessa suposta preferência parental por outro.
Ao mesmo tempo, é inevitável na inveja o sentimento de várias outras perdas: a de tempo existencial, por exemplo, ("ainda não foi desta vez..." / "quantos anos serão necessários para que reconheçam meu talento?"). A sensação de perda de poder é também comum na inveja: "ele (o preferido) tem mais prestigio / influência que eu" ou "esse incompetente vai agora mandar em mim”.
Com muita freqüência o invejoso organizacional - quase sempre um "carreirista" não ético ou um inseguro, com baixa auto-estima e sem tônus vital para ser competitivo - sofre de uma distorção da sua capacidade de (auto) percepção. Não é raro que ele se veja rancorosamente mais competente e qualificado que aquele que foi promovido. E, para alimentar essa "miopia", costuma utilizar justificativas que nem sempre são vistas pela empresa como de mais relevância: "há 30 anos que dou meu sangue por essa empresa!" ou "quantas vezes já deixei minha família para vir trabalhar em feriados e fins de semana" ou ainda "há dez anos não tiro férias e ninguém reconhece isso!". Na verdade, tomado pela inveja, ele deixa de enxergar outros aspectos que, do ponto de vista da empresa, são mais importantes, como os componentes políticos, comerciais, mercadológicos, financeiros, estratégicos e outros.
É fundamental para qualquer organização o conhecimento de que, ao deixar de lado a visão de grupo e alimentar conscientemente ou não uma política de competição, mérito, promoção ou reconhecimento individual, esta será passível de despertar sentimentos de inveja entre seus colaboradores e poderá estimular a prática da relação "ganha / perde" ou "perde / ganha", cujo resultado final, a médio ou longo prazo, conduz ao "perde/perde", tanto em relação aos profissionais entre si como destes para a empresa e vice-versa.


INVEJA X GENEROSIDADE


            A Inveja é um dos maiores males que assola a humanidade. É fruto da falta de auto-amor. Auto-amor é a capacidade de nos amar. Mas, para nos amar, primeiro, precisamos nos conhecer.
            Conhecer-se é perceber, realisticamente, seus potenciais e deficiências. É saber usar construtivamente suas qualidades positivas e não se sentir ameaçado pelas qualidades negativas. Ao contrário, é saber transformar, ou na melhor das hipóteses, saber minimizar tais qualidades negativas presentes em sua personalidade maximizando as positivas.
Nas relações, a inveja é um “jogo” de mão dupla: está presente tanto na pessoa que é “alvo”, quanto na pessoa que a sente. Se “estabelecem” relacionamentos onde a base é a inveja, gerando disputas de todo o gênero. É óbvio que uma relação assim se dá de forma inconsciente.
            Um dos ingredientes básicos da inveja é o desejo intenso de poder.
Quem sente a inveja, na maioria das vezes, não assume o fato nem para si próprio, pois acredita que denuncia fraqueza de caráter. Mas, na verdade, ao assumir tal sentimento para si próprio começa entender o quanto não se “enxerga”, e, conseqüentemente, ao não se enxergar, não percebe seus talentos tão valiosos a serem utilizados na própria vida e, enfim, conseguir o reconhecimento que tanto deseja.
O contraponto da inveja é a generosidade. Na inveja a pessoa quer tirar algo do outro e pegar para si. Na generosidade a pessoa dá prodigamente ao outro. Portanto, a generosidade é o antídoto da inveja. A inveja fomenta sentimentos mesquinhos e destrutivos, levando à desvalorização da conquista do outro, por exemplo. Leva a pessoa a nivelar por baixo si próprio, a vida e os outros, não permitindo o crescimento e o desenvolvimento tão natural e vital que temos dentro de cada um de nós. Limita a capacidade do dar e do receber.
O invejoso tem medo: não aposta em si e não aposta na vida. A generosidade autentica sempre promove calor humano e bem estar emocional para si e nas relações. Proporciona capacidade de desenvolver relações de troca: dá e recebe! O generoso aposta sempre no melhor: no seu e no do outro.
            É preciso prestar atenção em si, numa postura de auto-observação, para descobrir e – tão importante quanto saber – valorizar o talento que se tem, para, então, desenvolvê-lo e utilizá-lo construtivamente em sua vida. No processo do autoconhecimento aprendemos não somente a nos conhecer como aprendemos a valorizar nossos talentos e a usá-los adequadamente.


CONCLUSÃO


            É preciso, diferenciar a inveja, da busca do bem-estar. Pode se dizer que é errado trabalhar, lutar para se conquistar o objeto de desejo? O desejo pela conquista do objeto que nos falta, quando feito com humildade e honestidade, não é inveja.
            Surge um sentimento de raiva, de ira, porque geralmente o invejoso sente-se muito mais merecedor da conquista do que o outro. O invejoso não agüenta ter uma outra pessoa invadindo seu território, que em sua lassidão, deixou de ocupar, por pura incapacidade e ou inércia. O invejoso é capaz de boicotar, de fofocar de fazer armadilhas, a fim de destruir o outro. Quer provar, ao menos para si mesmo, que ele é melhor. Mas no seu íntimo, sente-se menor do que os outros, aumenta, se vangloria, enaltece a si mesmo, pois dessa forma abranda o mal-estar do desequilíbrio. Fala excessivamente bem das próprias coisas, procurando diminuir o outro através de crítica. Não percebe muitas vezes suas frustrações, é como se nem existissem, porque logo está de prontidão, pronto para realizar mais um feito de diminuição, descaracterização, burlando suas próprias angústias.
            O objeto de desejo, só nos dá satisfação, quando a conquista é nossa, e não quando é feita em cima da conquista do outro. Destruir o outro, não fará ninguém chegar aonde o outro chegou. Nossa personalidade, desejos, características não são iguais as das outras pessoas, então não adianta usar as demais pessoas como medidas para a vida que é nossa.

 FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.

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